sábado, 18 de outubro de 2014

mas, mas, mas...


Quadros para todo o lado, risadas, conclusões intelectuais entre beijos apaixonados. E eu me flagrei com a mente divida. Eu enxergava tudo maravilhoso da maneira que estava, mas minha mente virara um turbilhão de detalhes que me faziam infeliz.
Ok, pela primeira vez em tanto tempo a gente fez do meu jeito: caminhar em uma tarde ensolarada, visitar exposições em um programa mais cultural sem pressa de voltar para o nosso cativeiro que chamamos de quarto. Mas o dia estava quente além do normal, minhas pernas estavam cansadas sem necessidade e a exposição nem era tão legal assim (eu só pensava em sair dali para comer). Estar junto a ele era única parte que me fazia segurar tudo aquilo. Ver o esforço dele em me agradar, em fazer algo que não suporta apenas para me ver feliz. Mas só estava naquele lugar não-tão-legal porque ele ficou adiando a exposição que eu quisera ver por preguiça e quando finalmente resolveu se mexer, já tinha acabado.
Será que eu sou tão ingrata como ele diz? Será que nunca vou conseguir aproveitar algo por completo, sem esse monte de 'mas' que enchem a minha cabeça a todo instante, em tudo o que eu faço? Eu juro que fico tão feliz quando as coisas estão acontecendo, mas a minha mente é traiçoeira e, em questões de segundo, ela destrói todo o meu dia com uma pequena e infeliz conjunção da língua portuguesa! 

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