quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Me escuta?


Sabe o que eu mais admiro em você? A facilidade que tem em me incomodar! Isso é muito sério. Se fosse qualquer outra pessoa nesse mundo pela qual eu realmente não me importasse pela existência, poderia falar o que fosse em relação a minha vida e a mim, que entraria por um ouvido e sairia pelo outro em alguns instantes.
Agora, cada vez que você diz algo sobre mim, bom ou ruim, aquilo entra e, ao invés de sair rapidamente, fica vagando pela minha mente. Passo dias revivendo a situação, a conversa, tentando entender o porque eu não consegui responder à altura, porque não agi de tal forma quando estava claro que era assim que deveria ter sido.
Esperava ser um pouco mais forte em relação a você. Todavia, qualquer crítica vinda da sua boca, penetra como um arpão em meu peito e vai afundando a cada segundo em que penso "ele pode estar certo".
Gostaria realmente de ser alguém que não muda, que não se altera, que é feliz e ponto. Infelizmente, sou a musa inspiradora do Cazuza, sou inconsistente, mudo a cada instante e não tenho controle de como estaria amanhã. Minha vida não é um mar de rosas, longe disso! E ainda não aprendi a separar dentro dos meus sentimentos, quanto ficar feliz, quando poder chorar. Acabo misturando tudo e não sendo feliz em momento algum se um lado meu não está bom. Isso não é algo que se controle, faz parte da minha personalidade. Se um dia pude fingir e separar algo enquanto estava contigo, foi pelo motivo de que não estava 100% pronta para me abrir totalmente com você.
Sim, eu sei FINGIR que estou feliz. Mas, a partir do momento que passo a ter uma confiança maior com alguém e vejo que essa pessoa não virará as costas para mim na primeira oportunidade, eu aprendo a compartilhar minhas dores também. E, neste momento, meus sentimentos diante dela não serão tão mais nítidos. Eles se embolarão, virarão uma mistura completa e, tudo que eu espero, é um ombro amigo para desabafar de vez em quando e que seja capaz de me ouvir, não julgar, apenas ouvir e tentar me fazer sorrir após ver que o que eu realmente preciso é de um abraço. Nada mais que isso.

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